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Mulher-Maravilha: O cinema enfim aprende o que é heroísmo

Mulher-Maravilha, com o perdão da palavra, é uma filme maravilhoso, ele chega em tempos onde nunca a diversidade foi tão importante e trazendo uma mensagem pura de heroísmo.
Não a de querer ser herói porque você nasceu com algum poder mutante, foi picado por qualquer animal radioativo ou simplesmente é rico. Mas heroísmo como consequência de querer fazer o bem, por ele simplesmente ser o caminho certo.

O filme não é carente de defeitos, principalmente os problemas que me fizeram contorcer no terceiro ato. Mas é tão bom ver que apesar deles existirem, eles não apagam a maravilhosa experiência que esse filme proporciona. Ele é sim um filme de origem no sentido mais literal da palavra e quer saber? Foda-se, ele faz isso muito bem.

É possível ver os dedíneos de Zack Snyder no filme, mas o que ele tem de melhor é feito por Patty Jenkins, fazendo da diretora, a escolha certa sim para  esse filme. Ela mostra uma visão única, sensível e sútil sem ser panfletária do feminismo, mas de estremo equilíbrio na maioria da parte do filme. Afinal mais do que nunca, feminismo é igualdade.

Chris Pine devo dizer calou a minha boca, ele está perfeito no papel do capitão Steve Trevor e formando uma química absurda com a protagonista. Os vilões de Danny Huston e Elena Anaya não surpreendem mas são ótimas ferramentas para o desenvolvimento da história. Me recuso a esquecer Lucy Davis como Etta e Saïd Taghmaoui como Sameer, dois sopros de frescor na história.

Mas os louros realmente vão para Gal Gadot, depois da moça ser alvos de crítica e ter sido condenada como a pior escolha para o papel, ela mostra que nasceu para ser a Mulher-Maravilha. Não bastasse ter sido uma das melhores coisas de Batman vs Superman, ela mostra tamanha simpatia, galhardia e talento que chega chutando a porta do nosso coração e conquistando lugar cativo nele. Sua interpretação é intensa e ao mesmo tempo sutil, mistura inocência e ativismo na dose certa, conquistando todas a sua volta com um sorriso terrivelmente doce e recheado de esperança. Assim como Christopher Reeve é o Superman e Robert Downey Jr.  é o Homem de Ferro. Gal Gadot é Diana, Princesa de Themyscira, filha de Hipólita, Rainha das Amazonas e a Mulher-maravilha.

É impressionante ver como demorou mais de sete décadas para uma das maiores super-heroínas do mundo ganhar a tela grande. Mas esse momento chegou e veio em tão boa hora, ele não veio apenas salvar o Universo da DC no cinemas, mas sim todos nós.
Apenas vejam Mulher-Maravilha.