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Vingadores Guerra Infinita - Finalmente os Vingadores tem uma trilha pra chamar de sua (e é a mesma)

Finalmente depois de séculos de espera o trailer de Vingadores: Guerra Infinita foi liberado, deixando a internet em alvoroço e molhando a cueca de vários marvetes.

Trazendo uma cacetada de frases de efeito e cenas de arrepiar os cabelinhos do braço, mas não só isso, outra coisa que também chamou a atenção foi a trilha sonora do trailer. Ela deu o tom épico e ainda toda a escala de destruição e ameaça que o cabeça de beterraba Thanos representa. Mas de onde veio essa trilha fantástica, você me pergunta. Direto de 2012, mais especificamente do primeiro filme do grupo de heróis vingativos.

Quem compôs o tema dos Vingadores foi Alan Silvestri, até então um novato que só tinha feito a trilha de Capitão América: O Primeiro Vingador. Porém, logo na sequência com o robô maluco Ultron, Silvestri foi chutado para fora da Torre Stark tendo o lugar ocupado por Danny Elfman.

 

A fórmula Marvel nos cinemas pode funcionar e encher os bolsos do calção vermelho de botões amarelo do Mickey, mas ela não está imune a defeitos, um desses é a sua trilha sonora. Os filmes da Marvel não são famosos por temas marcantes, me diga agora, você consegue cantarolar o tema do primeiro filme do Thor? Pois é, nem você nem ninguém! Muitos acusam que as trilhas seguem o famoso arroz com feijão, sendo felizes nas horas de piada e triste/violinos para cenas mais emocionais. Nada além disso.

Maaaaaaaas... Se analisarmos esse sub-gênero de filmes com super-heróis, recentemente não tivemos nenhuma trilha que seja também super e que você tenha vontade de colocar na playlist do celular. A única que me lembro e EU realmente gosto é a trilha da Mulher-Maravilha, que só de começar a tocar aqueles tambores e guitarras já me dá vontade colocar um corpete, uma espada e sair pelo mundo com o meu cavalo.

 

Apesar que depois de Guardiões da Galáxia ter chegado chutando a porta fazendo uma das melhores trilhas do universo, isso ajudou a Marvel a tomar outros caminhos, mesmo que devagar. Isso pode ser visto na trilha do Thor: Ragnarok que se distanciou de tudo o que tinha feito antes seguindo por um caminho oitentista e abusando dos sintetizadores.

A questão é que com esse novo trailer a Marvel Estúdios mostrou o potencial que tinha nas mãos e convocaram Silvestri novamente para fazer parte da turma. Assim, nessa nova versão a trilha ganhou um tom de urgência usando um grave mais profundo e dando o tom épico necessário, sem falar do crescimento bem marcado dando toda dramaticidade e sobriedade necessária. Afinal Thanos depois de 10 anos cozinhando em banho-maria chegou e a porr@ ficou séria.

Essa trilha pode não ser a do Superman de John Willians, mas com certeza agora é a dos Vingadores.

 

Thor Ragnarok - A queda dos deuses e a ascensão das mulheres na Marvel

O Ragnarok dos deuses nórdicos chegou no Universo da Marvel nos cinemas e claro, seguindo a fórmula da Casa das Ideias o apocalipse viking nunca foi tão divertido. Apesar da graça ele é sim o fim de uma fase, seja ele para o Deus do Trovão ou para o Marvelverse.

É impressionante como o terceiro capítulo solo do Odinson na telona dá um grande foda-se para o que veio antes e mesmo assim consegue  enriquecer esse universo que pode sim  ser do caralho e uma hora ou outra "respeitar" o que já foi feito.

Essa nova aventura chuta para os cafundós dos noves reinos Jane Foster e seu insosso romance com o Thor, toda empáfia que ele tinha e com certeza toda pretensão de ser uma nova aventura na Terra Média. E nos apresenta uma comédia de aventura extremamente divertida para se tornar um clássico da Sessão da Tarde, digo isso no melhor sentido. Fora, que apresenta um novo caminho para as mulheres nesse universo agora muito mais rico, e do melhor jeito possível, com uma ótima heroína e enfim uma vilã.

Sim, finalmente o universo Marvel teve a sua primeira vilã, digo isso tendo a personagem como a principal ameaça da história, e sem demérito a Ayesha de Guardiões da Galáxia 2 e Maya Hansen de Homem de Ferro 3, que dizem as línguas poderia ter sido a grande vilã da história e até o Mandarim, mas aí a Marvel  resolveu que isso seria demais... Bom, continuemos!


A Hela da película é bem diferente dos quadrinhos, a única coisa que sobrou foi basicamente o visual (que tá duca), mas isso não me afetou já que a adaptação foi até bem interessante e a personagem tem como interprete a oscarizada, talentosa, maravilhosa e perfeita no papel, Cate Blanchett. É visível que ela está se divertindo no papel, consegue roubar cada cena em que aparece e ser responsável pelo maior número de mortes já vistas em um filme da Marvel. Tudo isso acompanhada de uma voz empostada, uma canastrice deliciosa e totalmente funcional para o papel, ela pode não ser o melhor vilão marvete, mas com certeza cravou uma dessas espadas que ela tira do nada no coração deste que vos fala.

Agora abram alas para a Valquíria de Tessa Thompson, que com certeza é uma das melhores personagens recentes deste universo e consegue como uma verdadeira viking (até mesmo mais que o próprio Thor) pilhar para si cada cena desde o primeiro momento em que aparece. Finalmente temos uma heroína linda, PODEROSA e com carisma aos baldes. A Agente Carter e Viúva Negra que me desculpem, mas agora quem merece um filme solo é essa mulher, mas se ela quiser chamar vocês para a festa, pode apostar que não irei reclamar.

Taika Waititi pode ter sido a escolha mais estranha para dirigir Thor Ragnarok, mas se mostrou com certeza a mais acertada. Sua visão trouxe um respiro a esse universo, deu dignidade e um propósito ao Thor, mostrando o fim da sua jornada como apenas o começo de muito mais e o melhor, nos deu uma vilã maravilhosa e um heroína que a Marvel achou que não precisava. Isso por mais simples e singelo que seja, abre um  novo caminho para as mulheres na Casa das Ideias.

Que venha a Capitã Marvel! E quem sabe um filme pra Viúva também.