POR QUE ASSISTIR A UM MUSICAL?

Fábio Sohfer

Por que assistir a um musical? Essa pergunta que vos faço, pode parecer ser sem sentindo e sem próposito, pois também sei que muitos de vocês ao se depararem com um musical no cinema, preferem assistir a outro filme qualquer. Agora chegamos ao ponto qual eu queria, por mais óbvia que possa parecer essa afirmação mesmo assim ela deve ser feita, o musical também é um gênero de filme.

O musical começou a ter uma visibilidade maior no cinema americano pós guerra onde se precisava contar histórias felizes, para suprimir os horrores do passado, e para a sua íncrivel surpresa isso deu certo, e produziu muitos clássicos para o cinema mundial como: “Cantando na Chuva (Singing in the rain)”, “Oklahoma!”, “South Pacific”, “O Rei e Eu” (The King and I), “Cinderela em Paris” (Funny Face), “Gigi” (Gigi), “Amor, Sublime Amor” (West Side Story), “A Noviça Rebelde” e a notória dupla concorrente de 1965: “Mary Poppins” e “ My Fair Lady”, sem contar os divertidos filmes mal interpretados e bem cantados do Sr. Elvis Presley, que agraciou ou prejudicou o gênero. Mas a era de ouro dos musicais durou mais ou menos até o final da década de 1970, pois começaram a ser feitos músicas com temas não muito convencionais, não gerando apelo de público e nem de crítica. Mas o estilo não foi sepultado completamente gerando alguns filmes aqui e ali sem trazer muito diferencial e não causando muito reboliço, fora algumas incursões de Cher e Madona.

Os anos passam a virada do milênio acontece e eis que surge Moulin Rouge, o musical divisor de águas na Hollywood moderna, um musical sucesso de crítica e infelizmente de público só após ao seu lançamento em DVD, que mostra que musical não precisa ter uma história mirabolante e escrever suas próprias músicas, podem ser músicas já conhecidas mas que expressam a profundidade e os dilemas de suas persogens. Moulin Rouge surge proporcionando um espetáculo ao olhos e ouvidos e ainda apresenta ótimas atuações de Ewan McGregor(Christian),Nicole Kidman(Satine), John Leguizamo(Henri de Toulouse-Lautrec). Então assim surge uma nova formula de musical, que é logo seguida por Chicago um musical de muito sucesso na broadway, que chega homenageando os grandes musicais do passado com uma pegada um tanto pop, e assim foi se seguindo com os milimétricamente bem feitos O Fantasma da Ópera, o divertido Hair Spray,o gracioso e saudosista Mamma Mia, o egocentrico Nine, os teens High School Musical e muitos outros.

Os anos continuam a passar e pasmem os musicais continuam a evoluir, e agora em um campo nunca antes sonhado,ao menos não tão cedo ou com sucesso, a televisão. No finalzinho de 2009 surge uma série de início modesta com premissa simples situada no ensino médio norte-americano o campo de guerra adolescente que molda os jovens e os tornam adultos segundo a cultura estadunidense. Essa série em questão é GLEE, uma série totalmente inovadora ao fazer de uma mistura a primeira vista falida ser uma das séries mais bem sucedidas, vistas e é claro ouvidas do EUA e por boa aparte do mundo. A série inova em unir a dose certa de comédia, drama e claro música, onde os atores,cantores, dançarinos(ufa!), dão o seu toque de emoção, carisma, vozes espetaculares vide Mercedes e a minha primeira preferida Rachel(Lea Michelle).

Finalizando, deem uma chance aos musicais eles são filmes como qualquer outro. Pensem comigo, se uma música já conta uma história, por que então várias delas não podem contar uma história maior e melhor. Então escolha o seu tipo e assista, e se gostar e eu tenho certeza disso, cante junto pois só assim a música vai sair da sua cabeça quando o filme acabar!!