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Thor Ragnarok - A queda dos deuses e a ascensão das mulheres na Marvel

O Ragnarok dos deuses nórdicos chegou no Universo da Marvel nos cinemas e claro, seguindo a fórmula da Casa das Ideias o apocalipse viking nunca foi tão divertido. Apesar da graça ele é sim o fim de uma fase, seja ele para o Deus do Trovão ou para o Marvelverse.

É impressionante como o terceiro capítulo solo do Odinson na telona dá um grande foda-se para o que veio antes e mesmo assim consegue  enriquecer esse universo que pode sim  ser do caralho e uma hora ou outra "respeitar" o que já foi feito.

Essa nova aventura chuta para os cafundós dos noves reinos Jane Foster e seu insosso romance com o Thor, toda empáfia que ele tinha e com certeza toda pretensão de ser uma nova aventura na Terra Média. E nos apresenta uma comédia de aventura extremamente divertida para se tornar um clássico da Sessão da Tarde, digo isso no melhor sentido. Fora, que apresenta um novo caminho para as mulheres nesse universo agora muito mais rico, e do melhor jeito possível, com uma ótima heroína e enfim uma vilã.

Sim, finalmente o universo Marvel teve a sua primeira vilã, digo isso tendo a personagem como a principal ameaça da história, e sem demérito a Ayesha de Guardiões da Galáxia 2 e Maya Hansen de Homem de Ferro 3, que dizem as línguas poderia ter sido a grande vilã da história e até o Mandarim, mas aí a Marvel  resolveu que isso seria demais... Bom, continuemos!


A Hela da película é bem diferente dos quadrinhos, a única coisa que sobrou foi basicamente o visual (que tá duca), mas isso não me afetou já que a adaptação foi até bem interessante e a personagem tem como interprete a oscarizada, talentosa, maravilhosa e perfeita no papel, Cate Blanchett. É visível que ela está se divertindo no papel, consegue roubar cada cena em que aparece e ser responsável pelo maior número de mortes já vistas em um filme da Marvel. Tudo isso acompanhada de uma voz empostada, uma canastrice deliciosa e totalmente funcional para o papel, ela pode não ser o melhor vilão marvete, mas com certeza cravou uma dessas espadas que ela tira do nada no coração deste que vos fala.

Agora abram alas para a Valquíria de Tessa Thompson, que com certeza é uma das melhores personagens recentes deste universo e consegue como uma verdadeira viking (até mesmo mais que o próprio Thor) pilhar para si cada cena desde o primeiro momento em que aparece. Finalmente temos uma heroína linda, PODEROSA e com carisma aos baldes. A Agente Carter e Viúva Negra que me desculpem, mas agora quem merece um filme solo é essa mulher, mas se ela quiser chamar vocês para a festa, pode apostar que não irei reclamar.

Taika Waititi pode ter sido a escolha mais estranha para dirigir Thor Ragnarok, mas se mostrou com certeza a mais acertada. Sua visão trouxe um respiro a esse universo, deu dignidade e um propósito ao Thor, mostrando o fim da sua jornada como apenas o começo de muito mais e o melhor, nos deu uma vilã maravilhosa e um heroína que a Marvel achou que não precisava. Isso por mais simples e singelo que seja, abre um  novo caminho para as mulheres na Casa das Ideias.

Que venha a Capitã Marvel! E quem sabe um filme pra Viúva também.





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