As histórias em quadrinhos de um polêmico super-herói, criado no ano passado pelo ativista social Matthew Hess, estão deixando em polvorosa as comunidades judaicas dos Estados Unidos - principalmente as de São Francisco, na Califórnia, condado que, no próximo mês de novembro, decidirá sobre uma futura medida legal contra a prática da circuncisão em seu território.
Presidente da MGMbill - organização não governamental que luta pela aprovação de leis que protejam crianças judias daquilo que afirma ser uma violação dos direitos humanos -, Hess está sendo apontado como antissemita, por produzir gibis contra a circuncisão, o milenar ritual judeu que continua gerando controvérsias.
Seu personagem, o Homem-Prepúcio (Foreskin Man, no original), é um super-herói que usa uma glande como emblema e, quando não está lutando contra o vilão judeu Dr. Mutilador, trabalha como curador do Museu de Integridade Genital.
O jornal Los Angeles Times anotou que a ADL - Anti-Defamation League (Liga Antidifamação), dos Estados Unidos, emitiu um comunicado oficial atacando os gibis do Homem-Prepúcio, acusando a publicação de disseminar o preconceito contra o povo judeu.
Hess se defendeu, dizendo que não é antissemita e tenta apenas ser pró-humano.
O desenhista regular de Foreskin Man é o brasileiro Gledson Barreto, morador de Jaguaribe, no Ceará.
Barreto revelou ao Universo HQ que, ao ser contratado por Matthew Hess para desenhar as aventuras do Homem-Prepúcio, recebera a informação de que aquilo se tratava apenas de uma campanha de conscientização sobre a circuncisão. "Achei que seria uma boa oportunidade para iniciar um trabalho no mercado norte-americano, sonho de qualquer desenhista brasileiro em inicio de carreira. Jamais imaginei que teria esse tipo de repercussão".
Ele diz que não pretende mais participar da revista e tomará precauções para não aceitar outros trabalhos com conteúdo tão delicado. "Peço desculpas a todos que se sentiram ofendidos por este projeto".
As edições de Foreskin Man podem ser lidas gratuitamente no site oficial da publicação.
OPINIMINHA - Realmente o assunto é polêmico e envolve como pano de fundo a religião um assunto dificilmente tratado nos quadrinhos, quanto mais dessa forma. Apesar do tema com certeza esse é um dos super-heróis mais diferentes já criados. Eu não vou falar nada porque quanto mais se mexe em merda, pior fica. Mas esse assunto ainda vai dar muito pano pra manga!
Fonte: UniversoHQ
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