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Os Incríveis 2 prefere ser mais emocional do que original e por mim ok ;)




Em 2004 o cinema de super-heróis ainda engatinhava, tínhamos o Homem-Aranha de Sam Raimi e os X-Men de Bryan Singer. Mas também existia um dos melhores exemplares desse nicho até hoje, o melhor filme do Quarteto Fantástico, também conhecido como "Os Incríveis".

O filme foi sucesso de público e crítica e ajudou a consolidar a era de ouro da Pixar, apesar do desempenho (desculpem o trocadilho) incrível o filme não ganhou uma continuação logo de imediato. E olha que o filme termina deixando a gente com aquele gostinho de quero mais.

Porém nada de uma continuação, pelo menos até agora, precisamente CATORZE ANOS depois.

A espera foi muita, mas devo dizer que valeu muito a pena, no momento que o OI2 começa você volta diretamente para 2004 quando ainda era uma criança. Simples assim e tão bom quanto.

Pra ajudar nessa sensação, o filme já começa imediatamente de onde o primeiro parou e responde aquela dúvida que nos importunava há muito tempo, o que aconteceu depois que o Escavador apareceu?

Além de sabermos o que aconteceu, isso já desencadeia todo o plot do filme, de maneira super orgânica e com ação de encher os olhos.

A família Pera (que me desculpem os puristas, mas essa adaptação é maravilhosa) continuam deslocados depois do primeiro filme, sobre assumir suas vidas normais ou voltar a ativa no ramo do super heroísmo. Assim eles são apresentados a um milionário querendo trazer a era de ouro dos encapuzados de volta. Só que dessa vez, quem toma a frente é a Mulher-Elástica, e vou dizer QUE MULHER F*DA!

E é aí que está o trunfo de "Os Incríveis 2" as inversões de papéis dentro da família, a Mulher-Elástica parte pra ação e o Sr. Incrível vai perceber que ser pai e cuidar dos filhos não é tão fácil quanto ele imagina. É impressionante como o filme tem um discurso pró-feminismo mas em momento algum soa panfletário. Apesar de toda a ação o que continua chamando a atenção são as relações entre cada um da família, seja na discussão na mesa de jantar ou em um telefonema.

Com tudo isso, percebemos que não é a qualidade técnica da animação que os deixam tão próximos de nós, mas sim os sentimentos que cada um expressam. Assim, vemos que como a nossa, nenhuma família é perfeita, nem que ela tenha super-poderes.

Não, eu não me esqueci deles. 
Como era de se esperar, Edna Moda e Gelado (agora com um tempinho a mais de tela) roubam a cena toda vez que aparecem, e sinceramente cada um merecia um filme.

Outro que tem seu espaço em tela aumentado é o Zezé, é impressionante como ele vai de coisinha mais fofa até o filho do capeta. A cena dele com o guaxinim no quintal apresentando os seus novos poderes, vale todo o filme.

A trama pode sim não ser lá das mais originais, mas é totalmente carregada de coração e emoção, realmente como um família tem que ser, tendo ela poderes ou não.

Os Incríveis voltaram e vou te dizer uma coisa, eles continuam INCRÍVEIS!

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