A Disney quando não está comprando os seus concorrentes, também faz filmes. E nos últimos anos ela resolveu REapresentar os seus clássicos para uma nova geração. Sai a animação que os fizeram tão clássicos e entra o live-action, com atores reais e um novo verniz politicamente correto.
Nem todas as produções se destacam, mas em geral são divertidas e o mais importante, enchem de dinheiro o short vermelho de botões amarelos do camundongo Valdisnei.
Em 2019 teremos três exemplos desses filmes, o primeiro é Dumbo que pode ser o reencontro do diretor Tim Burton com tempos mais simples; outro é O Rei Leão, que com UM fucking teaser fez o mundo marejar os olhos e será dirigido por John Fraveu, que também fez o filme do Mogli; o terceiro é Aladdin, dirigido por Guy Ritche, e o motivo desse texto existir.
Sendo bem sincero, apesar de amar a animação original, nunca tive um pingo de esperança nessa nova versão da história. Pra mim, parece tudo fora de prumo, mas bem que poderia ser só pirraça minha, afinal eu não tinha visto nada ainda. Mas aí algo mudou, as primeiras imagens e vídeos começaram a sair, e sinceramente meu desespero só cresceu.
Algumas coisas são até bem interessantes, o estilo meio Bollywood pode ser um bom caminho pra adaptação, mas mesmo assim me vem o sentimento de que pode ser um spin-off de Once Upon a Time, ou pior, parecer uma novela bíblica da Record.
O ator Mena Massoud que faz o Aladdin parece ter saído de Malhação e está longe da malícia e carisma do original. A nova Jasmine, a atriz Naomi Scott é linda e muito talentosa, mas parece estar apática e ainda não saber onde se meteu.
E temos ele, o cara que reinventou o Sherlock Holmes no cinema com o Robert “Homem de Ferro” Downey Jr. , Guy Ritche. Um diretor que tem uma assinatura e que sinceramente ao meu ver não faz o menor sentido na produção. Seu último filme Rei Arthur é super afetado e foi vítima de todas os suas manias. Já consigo imaginar o Aladdin fugindo dos guardas pelas ruas de Agrabah com aquela câmera nervosa e tremida típica do diretor, com intervalos do mais puro slow motion.
Não, eu não me esqueci, vamos sim falar do Gênio interpretado pelo Will Smith. Com certeza ele não deu uma de um maluco no pedaço e sabia muito bem onde estava entrando quando aceitou o cheque para esse papel. Robin Williams praticamente roubou a cena na animação original emprestando todo o seu talento e levando a história a outro nível. Will Smith é capaz disso? Claro que ele é, mas não sabemos se ele quer fazer isso.
Já fazia um tempo que o ator estava em uma batalha pra conseguir levar o careca dourado pra casa, escolhendo vários papéis dramáticos para alcançar isso. Só recentemente que ele parece ter voltado a se divertir fazendo cinema, sendo o filme do Aladdin a oportunidade perfeita pra ele mostrar o caminhão de carisma que ele tem. Não quero que ele copie o saudoso Robin Williams, apenas que mostre que ele pode ser tão bom quanto e seguindo a essência do personagem.
Já em relação ao visual dele… Bom, gênios não existem o que torna difícil ele parecer tãaaaaao real quanto deveria ser, por mais que a comparação com um avatar seja tentadora, não é o melhor caminho. Apesar de não gostar muito das escolhas visuais referentes ao gênio, o fato dele ser azul já me faz um pouco feliz.
Não podemos afirmar que o filme será ruim sem nem ter assistido, afinal pode dar muito certo.
E também muito errado. ;p
Mas tomara que esse filme dê certo, nem que pra isso tenha que usar os três desejos da lâmpada mágica.
Aladdin chega aos cinemas dia 23 de maio.
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